Saindo da rota convencional da Europa, seguiremos viagem pela capital da Irlanda, Dublin. Agora, as cores que iremos perceber facilmente pelas ruas da cidade serão verde, branco e laranja. São as cores da bandeira que nos fazem relembrar os "Dubliners", do romance de James Joice. Mas como o blog é feito por brasileiros que viajam... agradeço também a colaboração dos amigos que também amam viajar. E a foto de abertura de "O Mundo por Brasileiros" é de autoria da italiana Diletta Mauri, uma amiga que conheci em Belfast, no Reino Unido (tema do próximo post do blog).
Se você pretende ir a Dublin, as prioridades são: passear pela Grafton Street, conhecer o maior número de pubs possíveis à noite, conhecer o Trinity College Dublin e o parque St Sthephens Green e a famosa estátua Molly Malone.
Pubs irlandeses. Escolha um e entre!
É nos pubs onde você encontra as mais variadas cervejas e aprende o modo de vida irlandesa: com muita cerveja. A cidade reservas inúmeras surpresas, principalmente na Grafton Street, uma das mais importantes ruas de Dublin e perto das atrações mais importantes da cidade. É na Grafton onde você terá contato com muitos artistas de rua. São os cantores que estão a representar, na vida real, as cenas do filme Once (http://www.youtube.com/watch?v=I6xIF92OUos). E aproveitei a viagem para criar um vídeo com os artistas de rua de Dublin. Você pode conferir o vídeo no fim deste post.
É na Gafton St. onde você poderá fazer um deslocamento diferente: ir de Eco! ou "little blue", como o batizei neste post. Recomendo um passeio de "little blue" quando você já tiver caminhado o dia todo. Assim poderá rever a cidade de uma forma diferente, enquanto descansa.
Artistas na Grafton Street.
Olhos bem atentos para os artistas da Grafton St. A rua integra uma diversidade cultural impressionante. Há espaço para todos, até mesmo quando os jovens usam máscaras para parecerem mais velhos.
Coloca uma moeda na lata!
Na correria do dia a dia, como muito bem ilustra a Grafton Street, todos param e percebem a criatividade dos artistas.
Feira na Old City.
Quando se caminha pela Grafton, é bom também entrar por outras ruas e verificar o que cada local reserva. Na parte velha da cidade, Old City, tinha uma feira de comidas típicas e artesanato.
O trajeto de trem (www.bahn.de) mais longo, com 7 horas de duração, sai do aeroporto Schipol às 8h49 e chega em Amsterdam Zuid às 8h57 e te dá apenas 1 minuto para que você embarque. Repito: apenas 1 minuto! Não importa se você estou no vagão que não tem a sua poltrona, o segredo é entrar o mais rápido possível para não perder a viagem.
Depois de entrar no trem, senta, relaxa e procura ler, conversar com alguém, ouvir uma boa música no seu moderno "walkman" porque ainda teremos paradas em Duivendrecht, Hilversum, Amersfoort, Apeldoorn, Deventer, Almelo, Hengelo, Bad Bentheim (primeira estação alemã e com direito a migração), Rheine, Osnabrück Hbf, Bünde (Westf), Minden (Westf), Hannover Hbf, Wolfsburg Hbf, Stendal, Berlin-Spandau, Berlin Gesundbrunnen, Berlin Hbf e Berlin Ostbahnhof... chegando às 15h32.
Recomendo você comprar o bilhete com destino a Berlin Hauptbahnhof por ser uma estação mais perto da Friedrichstrasse ou Alexanderplatz. Mas fica tranquilo se você se perder no emaranhado de linhas dispostas no mapa do metrô e dos trens e dos trans de Berlin... rapidamente você se encontra, porque a cidade tem uma estrutura espetacular quanto ao meio de transporte.
Passei 3 semanas na Alemanha. E eis o resultado: amigos!
Mas como estamos para fazer turismo... vamos elaborar nosso roteiro!
1º dia
Recomendo visitar Berlim em dois dias e o terceiro fica para a vizinha Potsdam. Com mapa na mão (1€) e mesmo sem falar alemão, começa o dia na Alexanderplatz. É lá onde você encontra o Weltzeituhr, famoso relógio a indicar todos os fusos horários numa simples caminhada circular. Mais a frente, você encontra Fernsehturm (Torre da TV), onde terá uma visão panorâmica da cidade.
Pelo horário de Brasília, a que horas essa foto foi tirada? Eis a proeza do Weltzeituhr!
Nesse dia, você dispensa o metrô ou trem. Caminhando, você vai conhecer melhor a cidade. Daí, vamos seguir na direção da Unter den Linden. Nesse trajeto, você terá a Catedral de Berlim (Berliner Dom) e no mesmo espaço, o que chamamos de Ilha dos Museus (Museuminsel), porque somente nesse espaço, ficam localizados os Museus DDR, Neues Museum, Altes Museum, Pergamonmus e o Museu de História Alemã. Conheça a Catedral e escolha um dos museus desta Ilha para entrar e comprar um souvenir. Mais adiante haverá muitas aulas de história.
Catedral de Berlim e a Torre da TV, com direito a uma vista panorâmica da cidade.
Pergamonmuseum, com coleção de antiguidades clássicas.
Interior do Museu de História Alemã.
Depois da visita, continue a caminhada pela Unter den Linden e você vai conhecer a Humboldt-Universität zu Berlin. Em frente à universidade, tem uma feira de livros a preço muito acessível e você pode comprar um dicionário ilustrado em alemão! Aproveite a oferta!
Humboldt-Universität zu Berlin, na Unter den Linden.
Continue a caminhada e em pouco tempo você verá o Portão de Brandenburgo ou Brandenburger Tor.
Aproveite!
O Portão de Brandenburgo.
Outra perspectiva do portão.
Depois de ficar um tempo e tirar várias fotos no Brandenburger Tor, você pode escolher dois caminhos: seguir pela Strasse des 17.Juni e chegar no Grosser Stern, ou seguir à sua direita, no sentido ao prédio do parlamento, o Deutscher Bundestag. As visitas são gratuitas!
Deutscher Bundestag.
No interior da Dom, cúpula no prédio do Parlamento.
2º dia
Se você pensa que a aula de história acabou, o segundo dia em Berlim será fantástico! Hoje, o roteiro inclui uma visita ao East Side Gallery, ou seja, (partes do) Muro de Berlim! Dependendo da localização do seu hostel, compre o bilhete de trem e vá para a Ostbahnnhof. Ao chegar nesta estação, facilmente encontrará o East Sidy Gallery. Recomendo caminhar lentamente e observar o que as gravuras representam para uma cidade que ficou divida.
Tiffany (Cingapura), Eduardo (Brasil), Oliana (Ucrânia) e Maurício (Brasil). Na multikulti Berlim.
Toda história tem seu curriculum. O Muro de Berlim, mesmo após o fim, ainda o mantém.
Também fazemos parte dessa sociedade que atravessa muros.
Existe algo do lado de lá?
East Side Gallery e seus muros que parecem não ter fim...
Quando você caminhar por todo o muro, terá chegado nas proximidades da estação de Warschauer Strasse. Pegue o trem com destino à estação Hallesches Tor e a poucos passos você estará no Museu Judeu (Jüdisches Museum). Parada obrigatória!
Lado a lado, mas com muitas brechas, o Museu Judeu conta sua história.
Uma escada cortada pela própria história. O que dizem esses espaços?
Itália, Brasil, Ucrânia e Vietnã juntos para estudar esta parte da história.
São rostos que, ao serem pisados pelos turistas, tendem a reproduzir gritos.
Quando terminar esta visita, caminhe em direção à estação Möckernbrücke (linha azul) e siga em direção à estação Richard-Wagner-Platz. Neste bairro, você verá algumas casas com placas na porta indicando que foram construídas com o Plano Marshall, após a Segunda Guerra Mundial. A poucos passos da estação, você estará no Schloss Charlottenburg. Vale uma caminhada em seu parque.
No bairro reconstruído após a II Guerra Mundial.
Schloss Charlottenburg visto de frente.
Schloss Charlottenburg visto pelo parque.
O parque do Schloss Charlottenburg.
3º dia
Se está em Berlim, porque não aproveitar e passar um dia em Potsdam? A cidade merece uma visita e é muito bonita. Vale a pena chegar cedo e caminhar. Em apenas um dia você conhece Potsdam aproveita os inúmeros parques que a cidade oferece.
Chegar lá é fácil. Pegue um trem na Alexanderplatz com destino a Potsdam Hauptbahnhof. O trajeto demora 45 minutos e mais fácil ainda você conhece a cidade.
Parque em Potsdam.
Comece cruzando a Lange Brücke e siga o trajeto pela Fr.-Ebert-Strasse, passando pelo Nauener Tor, até a Siedlung Alexandrowka. Vire à esquerda na Voltaireweg até chegar no Schloss Sanssouci e faça o seu roteiro.
Nauener Tor.
Schloss Cecilienhof.
Schloss Sanssouci.
Schloss Sanssouci.
Vista do Parque Sanssouci.
O parque é repleto de belezas: naturais e artísticas.
Uma caminhada pelo parque.
Mas no fim do dia, voltei ao Zentrum de caminhe pela Brandenburger Strasse e também tire uma foto no portão de Brandenburgo de Potsdam.
Em Potsdam, um Portão de Brandenburgo!
Bremen: a cidade da música!
Um destino opcional na Alemanha, mas que eu considero imperdível, é Bremen. É lá onde todos os visitantes têm contato com a história "Os Músicos de Bremen", dos Irmãos Grimm. E, no centro de Bremen, uma estátua para relembrar quem manda, ou melhor, quem canta na cidade!
Quem escolher Bremen para uma visita rápida, eu recomendo o Hostel Posty (www.hostel-posty.de/de/pos0.htm). A poucos passos da Bremen Hauptbahnhof, o hostel é também de fácil acesso para as principais atrações da cidade.
Para chegar ao centro de Bremen, basta caminhar e atravessar a ponte no Stadtgraben. Chegando ao centro, use o mapa somente para se orientar quando estiver perdido, mas precorra as pequenas ruas de Bremen. Você vai se surpreender!
Na cidade da música...
... são um burro, um cachorro, um gato e um galo que cantam!
Catedral de Bremen.
Rathaus ou Prefeitura.
Rua de Bremen.
Mais adiante... na mesma rua.
Nesse mesmo dia, caminhe pelo bairro Schnoor. É uma caminha incrível! As lojas, os pequenos restaurantes e as casas coloridas encantam.
Lojas em Schnoor.
Cenário de Bremen.
Por várias ruas, você pode conversar com os comerciantes e entender ainda mais sobre a cultura local. Bremen é peculiar!
E a viagem continua! Depois de conhecer uma parte da Bélgica, segui viagem com destino à famosa Amsterdam, na Holanda. O acesso de trem na Europa é muito prático e o trajeto mais econômico entre Antuérpia e Amsterdam é feito a cada hora.
O bilhete custou 26 Euros.
Na estação de Antuérpia, o painel com os horários e as plataformas dos trens para muitas outras partes deste mundo.
Para as viagens de trem, recomendo ficar atento às plataformas e aos horários porque todos - eu disse todos! - os trens chegam e saem na hora certa. A pontualidade é marcante neste serviço. O vagão é simples. A viagem é agradável, ainda mais no inverno com a mudança da paisagem...
No trem... com itens básicos de sobrevivência!
No percurso de 1h30 entre Antuérpia e Amsterdam, passei por inúmeras cidades que merecem - certamente - uma parada obrigatória. Pelas estações no meio do caminho, momento para acompanhar o dia a dia em Roosendale, Dardrecht, Rotterdam, Den Haag, Schipol (estação do aeroporto) e Anst até chegar na estação central de Amsterdam.
Após a viagem de trem, momento para pegar um Tram. Isso mesmo, Tram. São os ônibus sob trilhos de Amsterdam que transforma a cidade um "caos organizado". Amsterdam é completamente louca!
Não existe local certo para encontrar o cartão postal de Amsterdam. Em cada caminhada, as bicicletas estão lá: velhas, novas, enferrujadas, pneu seco... elas dão o toque especial na cidade
Impressione-se caso perceba que as casas estão um pouco inclinadas!
Saindo da estação, o posto de informação ao turista fica logo em frente e todas as linhas do tram também. Então, o acesso para conhecer a pequena Amsterdam é logo decifrado. Nada de ter medo porque tudo é muito bem sinalizado e os canais que cortam toda a cidade ajudam a você se orientar - ou se desorientar. Valem todas as perspectivas!
Carros, bicicletas e as linhas dos Trams.
Em Amsterdam, a vida é assim: há espaço para tudo e os pequenos acabam por se destacar entre os gigantes!
Em dois dias você terá tempo suficiente para conhecer Amsterdam, curtir a noite e dar preferência na visita aos principais museus.
Para quem vai pela primeira vez a Amsterdam, recomendo reservar um hostel próximo ao centro, por ser mais badalado. Eu fiquei num hostel afastado, mas isso me garantiu chegar ao Museu Van Gogh e Rijksmuseum em poucos passos.
Entrada do Rijksmuseum
Mas as paradas obrigatórias incluem o Rijksmuseum (www.rijksmuseum.nl), que conta a história dos Países Baixos e também é possível encontrar muitas obras de arte, e Museu Van Gogh (www.vangoghmuseum.nl). Nesse mesmo dia, você visita o Concert Hall e segue sua caminhada pela Van Baerlestraat e passa pelo Vondelpark e continua pela Overtoom até chegar no Leidse Plein. Caminhe pela Leidsestraat até chegar no Konings Plein e verá o Mercado de Flores, ou o Flower Market.
No dia seguinte, aproveite para caminhar novamente e tenha seu ponto de partida o Munt Plein, próximo ao Mercado de Flores... De lá, siga no sentido da Estação Central e verá o DAM, a praça com o Museu Madame Tussaud e o Monumento Nacional.
Madame Tussaud
Monumento Nacional
É nesse dia em que você vai se perder - e espero que isso aconteça - pela Red Light. O local onde existem aquelas famosas vitrines vivas! Passeando por lá, é impressionante a diversidade e quantidade de lojas para o público específico, além de cafés e bares.
Red Light
Quem diria, uma Condomerie! O que você identifica na vitrine?